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domingo, 18 de julho de 2010

Sou do meu tamanho






Prestígio? Pra mim é marca de chocolate com coco.
Status? Revista velha de sacanagem.

Carro que tenho e roupa que visto? Não é da sua conta.
Sobrenome do meu amigo? Não sei, só conheço por apelido.

Intelectual, cult, fashion, transado, cabeça? Aonde? No vaso?
Lá, todo mundo fica igualzinho: sentado e fazendo força.

Um bando de boçais cuidando da vida alheia.
Trocar de carro? Pra que? É sempre do banco mesmo.

Financiado, parcela atrasada... e o bonitão, na janela, buzinando pra gatinha.
- Me devendo e de carro novo, né malandro?

Hipocrisia, vaidade, alienação, consumismo, globalização?
Nada disso! Foi sempre assim, não importa o nome bonito de se dê.

Não se engane com o brilho falso do pacote.
O recheio da bolachinha é muito mais gostoso.

3 comentários:

Paula Corrêa disse...

Adorei esse amigo ... Tdo e bom !!

Anônimo disse...

Vejo muita verdade e bondade em seu poema, parabéns !

Clube dos Novos Autores - CNA disse...

gostei muito de suas palavras, o final então, do recheio da bolachinha é fantastico, beijos