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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Poeira de vida


Fino pó que em tudo assenta
grão minúsculo a pairar
juntando-se à outros aos montes
se põe pelas frestas a entranhar

Voando se dispersa pelo ar
escondendo-se narinas adentro
segue sujando as superfícies
termina jogada ao vento

Tudo é poeira findável
que em um instante se vai
passageiro feito rastro no chão
o tempo finda, a vida se esvai

Saboreie cada grãozinho de vida
antes do vento soprar
sorva os instantes efêmeros
antes de ao pó retornar

Ame, sonhe, sinta, viva
não perca o rumo, a direção
não permita que o momento se vá
siga o aprazível, segure-o nas mãos

A chance perdida é poeira que se vai
é pó, é passado, não volta atrás
diga a quem se ama, o quanto a ama
viva o hoje, o ontem não volta mais

Um comentário:

Helio Camerieri disse...

Meu novo e grande amigo,Maravilhosa as palavras,faz com que refletirmos a nossa existência e pensar no próximo.

Helio Camerieri