quarta-feira, 30 de março de 2011
Paz dos amantes.
Arrepio-me todo com a ponta da sua língua no meu pescoço.
Perco o juízo, o rumo, a direção... Fico tonto e cheio de vontade.
Sorvo tua saliva como quem se lambuza em manga madura.
Tua boca queima na minha, meus olhos se fecham e viajo em você.
Sinto suas unhas machucando minhas costas: dor e prazer sem medida.
Somos um, grudados, interligados em perfeita sintonia e suor.
Meus dedos tateiam cada pedaço de você procurando e causando prazer.
Melhor é ver você toda derretida me olhando como quem pede.
Como música de primeira, ouço você ofegando e gemendo.
Sinto o coração me arrebentar o peito querendo sair pela boca.
Não agüento mais... Parece que vou explodir de tanto gozo.
Refreio os meus instintos, respiro fundo... Muita calma nesta hora.
Meu prazer é ver você indo às nuvens como foguete desnorteado.
Tsunami, terremoto, explosão nuclear... nesta hora nada importa.
Nosso fim é certo: morreremos e nasceremos em segundos eternos.
Pronto! Como que por encanto tudo se transforma em sonho e delírio.
Uma paz arrebatadora toma conta de tudo... A paz dos amantes... Depois o silêncio.
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2 comentários:
Doces palavras.
Rimas de sentimentos prosas de emoções!
Parabéns poeta.
No silencio dos amantes
Após a saliva sorvida
Sabores doces e amargos
Sensatos e Insensatos
Dois corpos unidos
Pela devassidão profunda
Após gozos e sussurros
Dois se tornam um
Num latejar juntos
Num querer juntos
Num explodir juntos
Até que tudo se refaça
E recomece... de um silêncio.
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