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domingo, 4 de julho de 2010

Desconstrução


Os anos passam e com eles a poeira da vida
um pano úmido e pronto: lá se foi a juventude
em segundos se vão nossos melhores dias
vida em desconstrução findando em plenitude

Desconstruir, portanto é nossa sina
arte de rever, repensar, recriar, reengenhar
ideais que se vão, desilusões que chegam
desconstruímos para sobreviver e sonhar

Descrer é ato único de coragem e ousadia
o aceitar é cômodo, ato covarde que nos ilude,
engolir o prato da mesmice que nos servem
sem ver que nos falta a vergonha e a atitude

Garganta abaixo, empurrado e engasgado
desce o alimento sórdido servido pelo poder
sobe um arroto barulhento de indigestão
resta um grande vazio, desnutrição do saber

3 comentários:

Fábio Henrique Gimenez Nagata disse...

Que excelência de poesia.

Ass: Fábio Henrique Gimenez Nagata
www.blogdonagata.zip.net
www.twitter.com/FabioNagata

Anônimo disse...

Muito boa sua poesia! :)

Pétalas D'Alma disse...

Nessa hora nos vemos de mãos atadas diante do tempo. Brilhante texto!Abraços